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História da Igreja Católica

História da Igreja Católica

História da Igreja 

A história da Igreja Católica cobre um período de aproximadamente dois mil anos, e relata os eventos de uma das mais antigas instituições religiosas em atividade, influindo no mundo em aspectos espirituais, religiosos, morais, políticos e sócio-culturais. A história da Igreja Católica é integrante à História do Cristianismo e a história da civilização ocidental.

A Igreja Católica acredita que a sua História remonta a Jesus Cristo e ao Apóstolo Pedro, a quem, segundo a doutrina católica, Cristo prometeu o Primado da Igreja fundada por Ele: “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.

Os católicos acreditam também que Jesus entregou a São Pedro a autoridade suprema da Igreja: “Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus” (cf. Mt 16, 17-20), facto confirmado por Jesus depois da sua ressurreição: “Apascenta os meus cordeiros” (cf. Jo. 21, 15-17).

Estes são alguns dos versículos da Bíblia que os católicos usam para defender que Jesus teria apontado Pedro, depois Bispo de Roma, e seus sucessores, como fundamento e cabeça visível de toda a Igreja.

Perseguição e crescimento

O Cristianismo nasceu e desenvolveu-se dentro do quadro político-cultural do Império Romano. Durante três séculos o Império Romano perseguiu os cristãos, porque a sua religião era vista como uma ofensa ao estado, pois representava outro universalismo e proibia os fiéis de prestarem culto religioso ao soberano imperial. Durante a perseguição, e apesar dela, o cristianismo propagou-se pelo império.

A igreja cristã na região do Mediterrâneo foi organizada sob cinco patriarcas, os bispos de Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma. As antigas comunidades cristãs foram, então sucedidas pela “sociedade cristã”, o cristianismo passou de religião das minorias para então se tornar em religião das multidões.

Antes de findar o século IV o Concílio de Niceia (325) e o Primeiro Concílio de Constantinopla, em respostas às heresias arianas e ao macedonismo, formularam a doutrina da Trindade que ficou fixada no seu conjunto no “Símbolo niceno-constantinopolitano”.

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Por esta época colocou-se a questão da humanidade e divindade de Cristo que ficou definida no Concílio de Éfeso, convocado pelo imperador Teodósio II, que afirmou que Cristo é “perfeito Deus e perfeito homem” e definiu Maria como “Aquela que portou Deus” (Theotokos) em resposta à heresia Nestoriana (do bispo Nestório) que lhe atribuia apenas o Christotokos (Aquela que portou Cristo). Esta posição depois foi reafirmada no Concílio de Calcedônia (451) e no Terceiro Concílio de Constantinopla (680).

Padres da Igreja

Os tempos de ouro da Patrística foram os séculos IV e V, embora possa se entender que se estenda até o século VII a chamada “idade dos Padres”. Os principais Pais do Oriente foram: Eusébio de Cesareia, Santo Atanásio, Basílio de Cesareia, Gregório de Nisa, Gregório Nazianzo, São João Crisóstomo e São Cirilo de Alexandria.

Os principais Padres do Ocidente são: Santo Agostinho, autor das “Confissões”, obra prima da literatura universal e Santo Ambrósio, Eusébio Jerônimo, dálmata, conhecido como São Jerônimo que traduziu a Bíblia diretamente do hebraico, aramaico e grego para o latim. Esta versão é a célebre Vulgata, cuja autenticidade foi declarada pelo Concílio de Trento. Outros pais que se destacaram foram São Leão Magno e Gregório Magno, este um romano com vistas para a Idade Média, as suas obras “os Morais e os Diálogos” serão lidas pelos intelectuais da Idade Média, e o “canto gregoriano” permanece vivo até os dias de hoje. Santo Isidoro de Sevilha, falecido em 636, é considerado o último dos grandes padres ocidentais.

Por esta época surgiu o monaquismo. Em busca de uma imitação de Cristo mais perfeita, com o tempo o ascetismo cristão tomou formas de afastamento do mundo. Santo Antão é figura-símbolo do monaquismo dos primeiros séculos, mas a sua figura central é São Bento que com os seus dois primeiros mosteiros e a sua famosa “Regra” serviu de referência típica para o monaquismo, principalmente no Ocidente. Na idade média os mosteiros prestaram relevantes serviços e, dentre outros, tiveram a grande missão de conservar a cultura antiga.

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À medida que o Império romano decaía, a Igreja assumiu muitas de suas funções e ajudou a manter a ordem no meio do caos que se generalizava. O fato de nem tudo se haver perdido se deve em grande parte à influência ordenadora da organização eclesial. Por ela foram estimulados os ideais de justiça social, preservada e transmitida a cultura antiga e civilizadas as populações bárbaras.

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